domingo, 4 de outubro de 2015

TAÇA “VIÚVA LAMEGO” COM DECORAÇÃO POLICROMA

Neste período estamos a dedicar-nos a pequenas peças, bastante interessantes, profundamente decoradas, em policromia, de diversos fabricos, características e identificativas dos mesmos.



A presente reporta-se a uma pequena taça, com duas pequenas asas, com intensa decoração.


O intradorso da taça possui uma cor de base azul claro e sobre a mesma um conjunto de círculos concêntricos, monocromáticos em azul-escuro de alguma espessura, sendo o ultimo circulo, o menor decorado com uma composição floral policromática, onde pontificam as cores verde-escuro, azul-escuro, vermelho e amarelo-torrado.


No extra-dorso da bordadura da taça, dois filetes, um mais fino e outro mais largo, na cor azul-escura.



A delimitar a bordadura outro filete largo na cor azul-escuro.



Entre os filetes da bordadura e o da base, quatro decorações policromáticas, semelhantes à do fundo do covo, duas de cada lado das mini asas da taça, as quais possuem uma decoração simples com um filete na cor azul-escura e umas contas, com cinco esferas, na cor amarelo-torrado.



No tardoz o carimbo da marca “VL” – Viúva Lamego e “MADE IN PORTUGAL” e o anagrama desenhado manualmente identificando o seu decorador “ASN.” (?) e “(1477), na cor vinoso.



Cremos tratar-se de peça fabricada em meados do Século XX, mais especificamente entre os anos trinta e 1992, quando a Fábrica era em Palma de Baixo, mas sem certeza absolutas.


Resumidamente pode-se acrescentar que a fábrica foi fundada por António da Costa Lamego, em 1849. Após a sua morte passou a designar-se comercialmente por "Viúva Lamego" - a Fábrica de Cerâmica da Viúva Lamego,  a qual ficava situada no Largo do Intendente, com a Avenida Almirante Reis, em Lisboa, onde permaneceu até aos anos trinta do século passado, sendo que daí até à actualidade funciona aí a Loja.



A Câmara Municipal de Lisboa em (4) caracteriza o edifício e a sua fachada da seguinte forma:

Este edifício com fachada voltada para o Largo do Intendente integra o conjunto de arquitectura industrial, que foi a Fábrica de Cerâmica Viúva Lamego. Construido entre 1849 e 1865,por iniciativa de António da Costa Lamego no local onde este abrira uma oficina de olaria, veio dar continuidade a uma antiga tradição dessa zona.

A fábrica, que adoptou o nome Viúva Lamego, após a morte do seu fundador, actualmente é propriedade de uma sociedade designada por Fábrica de Cerâmica Viúva Lamego,Lda..

Classificado como Imóvel de Interesse Público, trata-se de um edifício, de estilo romântico, em 2 registos, com 2 janelas cada, no segundo piso surgem a ladear uma varanda, rematado por empena, rasgada por um óculo rodeado de grinaldas e pequenas figuras que seguram uma inscrição com a data da construção. 

De salientar a fachada decorada, na sua totalidade, por um revestimento azulejar figurativo do séc. XIX, de gosto romântico-revivalista, muito característico do seu autor, Luís Ferreira, mais conhecido por Ferreira das Tabuletas, pintor de azulejos proveniente das Fábricas da Calçada do Monte e Viúva Lamego. 

Trata-se de uma das obras-primas do azulejo "naif" oitocentista, incluindo as figuras alegóricas ao "Comércio" e à "Indústria", que surgem a ladear a entrada. Actualmente existe apenas a exposição e venda de azulejos, enquanto, que a parte fabril, onde são produzidos azulejos de grande qualidade, quer industriais quer artísticos, se mudou para outro local.



A Direcção Geral do Património Cultural caracteriza em (5) e em termos histórico/artísticos, o edifício da seguinte maneira:

A sua construção inicia-se em 1849, por iniciativa de António da Costa Lamego, e prolonga-se até 1865. Edifício de estilo romântico, situado na Avenida Almirante Reis, possui como elemento decorativo dominante um vistoso revestimento azulejar, que abarca a totalidade da fachada, da autoria de Luís Ferreira, o famoso Ferreira das Tabuletas, pintor de azulejos oriundo das Fábricas da Calçada do Monte e Viúva Lamego.

Edifício estruturado em dois registos, com duas janelas cada, que no segundo piso ladeiam uma varanda, tem como remate uma empena, rasgada por um óculo rodeado de grinaldas e pequenas figuras que seguram uma inscrição com a data da construção. O programa cerâmico revela o gosto romântico-revivalista deste pintor, considerado por José Meco um fascinante artista ingénuo de excepcional graça, que aqui assume uma tentativa romântica de recuperar a tradicional pintura figurativa e artesanal do azulejo polícromo sobre esmalte branco. 

No primeiro registo, os azulejos, de cromatismo predominantemente verde e amarelo, possuem um cunho orientalizante, corroborado pelas figuras que alegorizam a fábrica, segurando inscrições com o nome e a data de construção (1865), e também um teor mais classicizante patente nas duas outras representações deste primeiro registo. O revestimento azulejar do segundo registo é dominado por motivos essencialmente vegetalistas, inspirado nas albarradas barrocas. No remate, representam-se anjos segurando uma filactera comn a data da decoração, em pintura de tons amarelos.

É de notar que o imóvel assenta sob uma mina de água que abastecia o chafariz da Avenida Almirante Reis. S.C.P.”


Interessante peça de Faiança da Fábrica Cerâmica Viúva Lamego, da qual, infelizmente, nada mais conseguimos identificar e concretizar.


Fontes:








GRACIOSA CANECA EM FAIANÇA DE ALCOBAÇA, FABRICO VISTAL


As peças pequenas são sempre graciosas e despertam mais o nosso encanto, como é o caso desta interessante caneca de Louça de Alcobaça, de fabrico da Vistal, ou seja da primeira fase de fabrico da Fábrica Vestal.


É uma pequena caneca, bojuda, com asa muito interessante, perfeitamente decorada ao estilo e gosto da Louça de Alcobaça.


Como não poderia deixar de ser o fundo de toda a caneca é na cor azul claro, celeste, sobre o qual se desenvolvem uma intensa decoração policromática, em azul-escuro, verde-claro, cor-de-rosa, vermelho, castanho claro ou amarelo-torrado, criando assim os elementos florais e geométricos da decoração da envolvente da mesma.



Junto ao bordo e à base desenvolvem-se filetes na cor azul-escura, desenvolvendo-se entre os mesmos uma faixa de amarelo acastanhado, rematando, para a zona bojuda, com uma grinalda em arcos com decoração geométrica simples.


Na base de assentamento da caneca a  respectiva  marcação,  efectuada, manualmente “VISTAL”, “ALCOBAÇA”, “PORTUGAL”, o número de catálogo da peça “327” e o anagrama da assinatura do seu decorador “JL” – a simplicidade colocada na sua marcação.


Pequena peça de faiança de Alcobaça, com significado e valor decorativo, pois é uma peça característica e deveras ilustrativa da Louça de Alcobaça, sendo uma peça fabricada no inicio de uma das fábricas mais marcantes e importantes neste contexto ceramista – a VESTAL, que nesse período inicial de designava por VISTAL.


Foi uma empresa ícone neste tipo de faiança. Fábrica sediada em Vestiaria (Alcobaça), fundada em 1947 e com uma qualidade superior das peças que fabricava pela exuberância da sua decoração policromática, demonstrando a qualidade dos seus artistas de decoração.


Mais uma peça catalogada e divulgada, para conhecimento de todos os apreciadores deste tipo de artes decorativas, nacionais, que marcaram uma época e que infelizmente se perderam no tempo e na evolução.



FONTES:

1) - “Cerâmica de Alcobaça, Duas Gerações”, edição do Museu de Alcobaça, 1992, texto de Jorge A. F. Ferreira Sampaio e Raul J. Silveira da Bernarda.

2) – “Cerâmica em Alcobaça – 1875 até ao presente”; exposição de 6 Abril a 4 de Maio 2011 – Catálogo da exposição, coordenador: Luís Afonso Peres Pereira.

3) – “História da Industria na Região de Leiria – Cerâmica”, Edição Jornal de Leiria, revista integrante da edição n.º 1558, do Jornal de Leiria, em 22.05.2014.



TIJELA EM FAIANÇA COM MOTIVO “ROSELLE” DE MASSARELOS

Um dos motivos de decoração em faiança que me fascina é o motivo “ROSELLE”, razão pela qual não decorei a oportunidade de adquirir uma interessante caneca com soberba decoração, fabricada na Fábrica de Louça de Massarelos.



A estampagem sob o vidrado é verde, possuindo duas, diametralmente opostas na calote exterior desta tijela almoçadeira.



 Por outro lado também possui uma interessante decoração no rebordo interior, com uma grinalda de cornucópias, com motivos florais.



A decoração exterior é interessantíssima e repleta de motivos e contextos: à esquerda um soberbo bosque com árvores altaneiras vislumbrando-se mais ao longo, entre elas e o horizonte algumas edificações, que nos parecem habitacionais, mas com elevadas chaminés.



Ao centro um espelho de água, qual lago ou rio, com dois pequenos barcos, quase à margem, barcos estes que aparentam ter carga e pessoas dentro dos mesmos e a água perde-se no horizonte, encimado por um conjunto de nuvens.




E à direita lá surge o chalé, com telhados de elevada inclinação e fenestração saliente, qual bowed window, com trapeiras e pequenas janelas na empena do sótão e pináculos decorativos nas fileiras da cobertura e chaminé com interessante capelo cilíndrico e em cúpula, integrado em exuberante vegetação e arvoredo – cá está o motivo “Roselle”



Na base da tijela o impecável carimbo da Fábrica de Louça de Massarelos, monocromático, estampada a verde com a coroa real, as duas palmas laterais entrelaçados e sob o carimbo a identificação do motivo “Roselle”, para esclarecer, caso houvesse dúvidas.



Na calote exterior do carimbo constam as palavras “MASSARELOS” e “PORTO” e no interior do circulo central o anagrama do período de fabrico “ECP“, correspondente à época da sua posse por João Regis de Lima com uma sociedade, composta na sua maioria por ingleses, que se chamava Empresa Cerâmica Portuense, Ldª., no período que medeia entre 1904 e 1912 (cremos estar perfeitamente correto este período temporal)



A pasta possui ainda uma gravação, em baixo revelo, alfanumérica “G” - ?, não conseguimos conjeturar a mesma.



Em suma uma tijela, já “idosa” com uma idade, no mínimo de 103 anos e no máximo de 111 anos!


FONTES:

1) – “Faiança Portuguesa Séculos XVIII-XIX”, Colecção Pereira de Sampaio, Editores ACD, 2008.

2) – “Cerâmica Portuguesa e Outros Estudos”, de José Queirós, Organização, Apresentação, Notas e Adenda Iconográfica de José Manuel Garcia e Orlando da Rocha Pinto, Editorial Presença, 3ª Edição, Lisboa, 1987.

3) – “Faiança Portuguesa – Seculos XVIII-XIX”, de Arthur de Sandão, Livraria Civilização, 2º Volume, Barcelos, 1985.

4) – “Cerâmica Artística Portuense dos Séculos XVIII e XIX”, Vasco Valente, Livraria Fernando Machado – Porto,

5) – “Cerâmica Portuense – Evolução Empresarial e Estruturas Edificadas”, Teresa Soeiro, Jorge Fernandes Lacerda, Silvestre Lacerda, Joaquim Oliveira, Edição Portugália, Nova série, volume XVI, 1995.

6) - https:// velhariastralhasetraquitanas.blogspot.pt/2015/04/travessa-em-faiança-azul-e-branca-motivo-“roselle”-fabrico-do-norte-?-imitação-de-miragaia-?.html;

7) - http://velhariastralhasetraquitanas.blogspot.pt/2015/03/travessa-em-faianca-motivo-casario-de.html;

8) - http://velhariasdoluis.blogspot.pt/2011/02/o-grand-tour-ou-caneca-inglesa-da-john.html;

9) - http://velhariasdoluis.blogspot.pt/2009/11/faianca-de-vilar-de-mouros.html;

10) - http://fabricadealcantara.blogspot.pt/search/label/Motivo%20Roselle;

11) – “Fábrica de Massarelos - Porto, 1763 – 1936”, Coordenação de Mónica Baldaque, Teresa Pereira Viana e Margarida Rebelo Correia, edição do Museu Nacional Soares dos Reis, 1998.

12) http://mercadoantigo.weebly.com/uploads/1/1/8/4/11849532/1400431998.png;

13) - http://www.olx.pt/nf/coleccoes-antiguidades-cat-214/roselle;

14) – “A Fábrica de Louça de Massarelos – Contributos para a caracterização de uma unidade fabril pioneira”. Volume 1, dissertação de Mestrado em Estudos do Património, de Armando Octaviano Palma de Araújo, Universidade Aberta, Lisboa, 2012.


sábado, 12 de setembro de 2015

AMOR – Prato Covo em Faiança “Falante”

AMOR, carinho e saudações o que desejamos e transmitimos a todos, após este interregno de postagens.


A vida, as suas vicissitudes, os acontecimentos condicionam-nos e por vezes interrompemos os nossos hobbies, mas logo que possível retomamos os mesmos.


É o que acontece com esta nova postagem, e é com AMOR que nos dirigimos a todos os amantes das faianças, aos visitantes do blogue, aos nossos amigos.


Recomeçamos com um interessante prato em Faiança, decorada em policromia, com cores alegres, com uma interessante cercadura ornamental com decoração geométrica, estampilhada (com aplicação de chapa recortada para pintura), na aba, na cor azul celeste e com uma vistosa decoração no covo.


Uma minhota, talvez de Viana, com o seu traje característico: uma saia rodada, larga na base, rosa pálido, com um debrum na cor preto. Sobre a mesma um avental amarelo, com listas verticais pretas e na base do mesmo, bordada a palavra AMOR. Uma camisa bufada, na cor azul, com punhos apertados e peitoril ou colete amarelo, com decoração no coz a verde, com atilho e pendente. A gola é preta. Completa um lenço verde na cabeça e uns tamancos pretos.


Com enquadramento de base duas palmas na cor verde-escuro.


Prato em Faiança com vidrado leitoso, deixando perceber no tardoz a cor da pasta, que é cor de grão, bem como as imperfeições do vidrado e os vincos das trempes, quando foi cozer e possuindo um único frete, na bordadura da base.



A beleza e a simpatia pelo prato e o AMOR ao mesmo, levou que os seus antigos proprietários o tenham tratado com todo o carinho e tenha sido um preto decorativo, de pendurar, com uma “aranha” muito pouco vulgar, mas interessante, a qual preservamos e mostramos


Para além disso o motivo da decoração do covo indicia uma figura minhota, o que corrobora a nossa opinião de ser um prato de fabrico do Norte.


Trata-se, cremos de um prato dos finais do século XIX ou princípio do século XX.

Fabrico de Aveiro, não é de certeza, pois os motivos, as cercaduras eram diferentes; as cores mais esbatidas e no tardoz, possuíam, geralmente, dois fretes.


Por outro lado, cremos que as cercaduras ornamentais de Coimbra eram mais elaboradas, mais trabalhadas, com figuras geométricas com simetrias (visão de caleidoscópio), e daí pensarmos ser fabrico do Norte.


Quer seja do Norte, ou eventualmente de Coimbra, é com muito AMOR que o apresentamos.



FONTES:

1) – “Cerâmica Portuguesa e Outros Estudos”, de José Queirós, Organização, Apresentação, Notas e Adenda Iconográfica de José Manuel Garcia e Orlando da Rocha Pinto, Editorial Presença, 3ª Edição, Lisboa, 1987.


2) - “Faiança Portuguesa – Seculos XVIII-XIX”, de Arthur de Sandão, Livraria Civilização, 2º Volume, Barcelos, 1985.

domingo, 19 de julho de 2015

POTE EM FAIANÇA DECORADO COM A CRUZ DE CRISTO DA FCCL


Interessante pote miniatura em faiança, com decoração policromática, com a Cruz de Cristo e demais motivos alusivos as descobrimentos, fabrico da FCCL - Fábrica de Cerâmica Constância da Lapa (?), de Lisboa (?) ou Limitada (?).


Uma pequena peça, com soberba decoração de uma importante fábrica de Cerâmica, por onde passaram ilustres artistas plásticos, decoradores, como Leopoldo Battistini, Wenceslau Cifka, Maria de Portugal, mais propriamente, Albertina dos Santos Leitão, e mais recentemente (final do século XIX), Lima de Freitas, Chartres de Almeida, Luís Pinto Coelho, Francisco Relógio e outros mais.



Esta fábrica foi fundada, segundo consta em 1836 e encerrou definitivamente já no início do actual século, em 2001, a 30 de Novembro, tendo sido dissolvida a respectiva sociedade em Fevereiro de 2008.


A decoração desta peça, bem como a sua composição cromática, evidenciam sem dúvida, influências de Battistini ou mesmo de Maria de Portugal, crendo-se que se trata de uma peça fabricada no final da década de 30 ou mesmo eventualmente na década de 40, possuindo a característica marca a manganés, uma cruz, tendo em cada quadrante, as iniciais F, C, C, L, encontrando-se assinada com a sigla do seu decorador ou pintor J r., que presumimos tratar-se do pintor José (Rosa) Rodrigues, que trabalhava nesta fábrica.


Pequeno pote ou mesmo um pequeno cachepot de boca larga, com um filete grosso a azul forte na mesma, secundado por dois filetes finos na cor manganés.


A decoração à volta do bojo, é constituída por elementos decorativos alegóricos aos descobrimentos, com elementos relembrando o estilo manuelino português, com cores, amarelo, castanho e azul – conjuntos com três bagas de uvas – um simbolismo cristão; possuindo uma Cruz da Ordem de Cristo, vermelha, com um traço inseguro do artista, e por conseguinte, sem geometria.


Junto à base, outro filete, largo, na cor azul, a rematar a decoração do pote.


Trata-se, sem dúvida, de uma peça de rara beleza e significativo valor artístico.


A sua decoração, os tons utilizados e os motivos desenhados, indiciam-nos, inequivocamente, que se trata de uma peça de fabrico da Fábrica Constância.



FONTES:











12) – “Cerâmica Portuguesa e Outros Estudos”, de José Queirós, Organização, Apresentação, Notas e Adenda Iconográfica de José Manuel Garcia e Orlando da Rocha Pinto, Editorial Presença, 3ª Edição, Lisboa, 1987.


13) – “Faiança Portuguesa – Seculos XVIII-XIX”, de Arthur de Sandão, Livraria Civilização, 2º Volume, Barcelos, 1985.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

JARRA DE LOUÇA DE ALCOBAÇA – FABRICO OLAJUL


Estamos numa de Louça de Alcobaça, recordando e enaltecendo o fabrico de uma fábrica que só laborou sete anos, de 1949 a 1955 – a OLAJUL, que começou a laborar no Juncal, tendo cinco anos depois mudado para a localidade da Fervença, vindo a encerrar volvidos dois anos.


Apresentamos uma pequena jarra, bojuda, de boca ondulada, com a típica decoração floral policromática, em tons de amarelo, verde, azul-escuro e lilás, sobre um fundo em tom de azul-claro.



Na base dois filetes em tom de azul-escuro, uma mais larga e outro mais estreito, rematados com uma fiada de contas.



A bordadura da boca, ondulada, possui uma decoração em azul-escuro e com o habitual espinhado, quer interior, quer exteriormente.



No fundo, a marca manual, de perfeita identificação da peça: “OLAJUL”, “R.S.R.”, “ALCOBAÇA”, “PORTUGAL”, o número de catálogo da peça “202” e a sigla do seu decorador/pintor, do artista “AG”.


Aqui fica a peça apresentada.




Para mais conhecimentos: