Para
variar apresentamos hoje uma caneca, em faiança, da Fábrica de Massarelos –
Porto, do período Lusitânia.
Caneca
moldada, de forma tronco-cónica, de boca larga, com pequeno frete reentrante
junto à base, mais larga, e asa lateral vertical em forma de aleta lisa, com
decoração monocromática azul, sob fundo creme, por técnica de impressão, com um
ramo de duas papoilas, uma de cada lado, e um filete fino, junto ao bordo e
outro no frete da base.
Possui
marca estampada, monocromática na cor azul, com as indicações MASSARELOS –
LUSITANIA – PORTUGAL, encimada pela coroa real e com a coroa de louros,
lateral.
A
Fábrica de Massarelos, em Roriz, então propriedade da sociedade por quotas Chambers & Wall, Lda., foi vendida,
em 1936, à Companhia das Fábricas Cerâmica
Lusitânia, S.A.R.L., empresa de Lisboa que possuía um conjunto de fábricas
e armazéns de distribuição de materiais de construção, nas principais cidades
do país.
Mais
tarde, em 1945 a marca CFCL, Companhia das
Fábrica Cerâmica Lusitânia, é substituída por LUFAPO LUSITÂNIA PORTUGAL, pelo que, a partir de 1945, passou
a ser usada a marca LUFAPO
MASSARELOS
Por
conseguinte, é desse período (1936 – 1945), a caneca que apresentamos.
FONTES:
1)
– “ A Fábrica de Louça de Massarelos –
Contributos para a caraterização de uma unidade fabril pioneira” – Volume
I, de Armando Octaviano Palma de Araújo; Dissertação de Mestrado em Estudos do
Património, Universidade Aberta – Departamento de Ciências Sociais e de Gestão,
Lisboa – 2012”
2) - “Cerâmica
Portuguesa e Outros Estudos”, de José Queirós,
com Organização, Apresentação, Notas e Adenda Iconográfica de José Manuel
Garcia e Orlando da Rocha Pinto, Editorial Presença – 3ª Edição – 1987;
3)
- Fábrica de Massarellos – Porto 1763 – 1936”, Exposição Fábrica de
louça de Massarelos 1763 – 1936, Porto 1998; Coordenação de Mónica Baldaque,
Teresa Pereira Viana e Margarida Rebelo Correia, Museu Nacional Soares dos
Reis;
4)
-
“Cerâmica Portuguesa e
Outros Estudos”, de José Queirós, com Organização,
Apresentação, Notas e Adenda Iconográfica de José Manuel Garcia e Orlando da
Rocha Pinto, Editorial Presença – 3ª Edição – 1987;
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