segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

PRATO EM FAIANÇA, MOTIVO “ESTÁTUA”. VERSÃO POPULAR – FABRICO DESCONHECIDO .

Prato de sopa em faiança, de fabrico desconhecido, monocromático, azul, com decoração central no fundo com o motivo “Estátua”, vulgarmente conhecido por “Cavalinho”, com a aba aerografada em azul, em degradação da bordadura a para o seu interior e com um filete cinzento a separar a aba do covo.


A decoração central do fundo do prato é estampilhada, com recurso a “chapa” ou a “stencil” recortado: coluna, cavalo, cavaleiro, torre (castelo), ramos da árvore e o ornato sob o cavalo e cavaleiro. A folhagem da árvore e o enquadramento do solo são esponjados.  



Trata-se uma versão popular do motivo “Estátua”, com recurso a três métodos diferentes de pintura: estampagem, esponjado e aerografado.



Interessante a “cópia imitativa” do motivo original, do cavaleiro com o braço direito levantado, semelhante à estampa mais vulgar da Fábrica de Louça de Sacavém, a fábrica mais identificada com este motivo.



O motivo “Estátua”, para além de fabricado na Fábrica de Louça de Sacavém também foi fabricado em muitas outras fábricas, sendo perfeitamente conhecidas e identificadas, pelos carimbos ou marcas: Fábrica de louça de Alcântara, em Lisboa; Fábrica de Massarelos, Fábrica das Devessas, Fábrica da Corticeira do Porto, no Porto/Gaia; Fábrica de José dos Reis (dos Santos), em Alcobaça; Fábrica das Faianças de S. Roque ; Fábrica das Faianças Capôa , Fábrica da Fonte Nova, em Aveiro e ….. muitas mais, não identificadas.



Não possui qualquer carimbo que possa identificar, origem, fabrico ou época de produção; admitimos que seja fabrico dito de Aveiro.




Presumimos tratar-se de peça do período de fabrico das décadas de 40 a 50, ou mesmo do início da de 60.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  2. Caro Amarildo q, balc,

    Por lapso removi o seu comentário, vou recoloca-lo de imediato, a seguir:

    Prezado Jorge Amaral.

    Prezado e polivalente.

    Quisera eu conhecer um pouco mais de Louças, sobretudo as portuguesas, para poder apreciar com mais valor seu belo Blog e tentar comentar, com um pouco mais de altura que as suas postagens merecem.

    Admiro quem faz postagens de peças de Coleções de colegas, de Museus, Feiras etc. E ainda mais quem faz sobre suas próprias peças ou peças que ficariam escondidas de tantos olhos, não fosse este útil entremeio de idéias, coleções e vidas... O blog reúne muitos recursos (álbum, livro, jornal, cartas, etc, etc.) para as pessoas se expressarem.

    Do que vi de seus posts, ainda que (eu) desconheça tanta história, gosto e arte que envolve as louças, pude perceber sua profunda observação e valoração de elementos simples ou despercebidos num olhar apressado.
    Tudo bem que o primeiro valor destas peças esteja em si mesmas, mas o olhar do admirador, sobretudo daquele que busca partilhar o que vê e sente, o quanto lhes acrescenta de interesse, de peças cheias de encanto e de história.
    Por isso, apesar de não ter condições de acrescentar muita coisa às suas postagens, ficam as visitas, as leituras e o agradecimento por partilhar tão bem o quanto Você aprecia destas maravilhosas louças.

    Minha primeira paixão é Arte Sacra (gostei muito de saber sobre as Padroeiras dos Oleiros). Foi com vocês, portugueses, que me iniciei nas Louças. Meu último post é sobre um prato francês com motivo do período revolucionário, mas não sei se é realmente antigo ou uma reprodução. Estou preparando um post sobre um vaso que considerei um achado: Todo jeito de Santo Antonio do Porto (falta a base que talvez tivesse a marca). Estou pensando em postar também um ajuntado de telhas de beiral. Quando fizer, te convido para uma olhadinha e opinião, se quiser.
    Depois vou continuar a visita ao seu maravilhoso blog.

    Obrigado. Um abraço.

    ab

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  3. Caro Amarildo q. balnc,

    É com grato prazer e elevada satisfação que acolho o seu comentário - mais não é que: força que me dá, para continuar. Obrigado.

    Já "devorei" todas as suas postagens sobre arte sacra - gostei imenso de as ler e ver o seu superior conhecimento da mesma.

    A sua postagem sobre o prato francês, também o li: o mesmo possui uma alegoria à Liberdade - interessantíssimo - estava para fazer um comentário, mas o tempo por vezes escasseia.

    A ser o que me diz em relação à peça que possui ser da Fábrica de Louça de Santo António de Vale de Piedade, em Gaia (limites do Porto), (1783-1948), está de Parabéns!

    É com todo o prazer que darei uma olhadela à mesma e poderei dar a minha simples opinião e alguma eventual ajuda do pouco que sei.

    Disponha, Fico à espera.

    Ontem criei um novo blogue, sobre ferramentas antigas de carpinteiro, se quiser dar uma olhadela, o endereço é o seguinte:

    https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4960398629260764149#overview

    Um grande abraço,

    Jorge Gomes

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